Seguimos o troço pelo passeio 25 de Abril, com passagem pela torre de São Paulo e pela torre da Cadeia Velha. A primeira resulta dos vestígios da torre erigida no séc. XIV, que integrava a estrutura da muralha de defesa da vila. Na sua frente está o pelourinho resultante da recuperação da maioria dos elementos originais que permitiu, em 1999, a sua reconstrução mais fidedigna e próxima do seu local original. A segunda, tal como o nome sugere, foi utilizada como prisão até à década de 60 do século passado. Atualmente, acolhe a Loja Interativa de Turismo. 

Continuamos e entramos na magnífica avenida dos plátanos que termina na capela da Nossa Senhora da Guia, templo do séc. XVII. Sensivelmente a meio da avenida, vislumbramos o Museu dos Terceiros, que detém um valioso e admirável espólio de arte sacra.

Passamos sob a ponte e, deixando para trás um rico e diversificado património histórico-cultural, dirigimo-nos para as veigas da Correlhã, Seara e Vitorino das Donas. Pelo caminho passaremos sobre o rio Trovela, um afluente do rio Lima. Nas veigas - designação conferida aos terrenos férteis e planos que se localizam na área adjacente às margens dos cursos de água - a agricultura é a principal atividade humana. Nesta paisagem, típica da ribeira Lima, o milho, que impera na primavera/verão, alterna com as forragens, no outono/inverno. É comum a presença de agricultores a executarem, ao longo das várias estações do ano, as inúmeras e variadas práticas culturais que se impõem face às culturas exploradas. Esta atividade é responsável pela animação mas, sobretudo, por uma dinâmica muito própria do espaço, que o torna atrativo para inúmeras espécies de fauna, nomeadamente enquanto local de alimentação.

Cerca de 1km após o cais de Vitorino das Donas, espaço privilegiado para repousar na companhia do rio Lima, a ecovia segue por terras do concelho de Viana do Castelo.